terça-feira, 21 de julho de 2020

Dificuldade e Aprendizagem

Disgrafia é um transtorno da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo- motores, que afeta a capacidade de escrever ou copiar letras, palavras e números. A execução motora da escrita exige maturação de Sistema Central e Periférico e, certo grau de desenvolvimento psicomotor. As causas podem ser neurológica, psicológica, oftalmológica ou audiológica, não estando associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.
O problema acarretado por estas causas é sempre a dificuldade de coordenar a letra para a Escrita-Disgrafia e por estes fatores, é também chamada letra feia. Isso acontece devido uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando-a ilegível.
Podemos encontrar dois tipos de Disgrafia, a Disgrafia Motora (Discaligrafia) onde a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldade na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer movimentos para escrever e a Disgrafia Perceptiva onde a criança não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui características da Dislexia sendo que está associada à leitura e a Disgrafia está associada à escrita.
Além da dificuldade crônica e persistente na habilidade motora e espacial da escrita, levando uma expressão gráfica inadequada e deficitária, outro fator é a dor ou incômodo frequente para escrever, pressão excessiva no lápis e no papel, troca constante de letra ora cursiva, ora bastão.
O diagnóstico e tratamento devem ser multidisciplinares e acompanhados por especialistas, como médico neuropediatra, psiquiatra infantil, psicomotricista, terapeuta ocupacional, psicopedagogos, fonoaudiólogos e psicólogos.

Algumas características da Disgrafia:

 Lentidão na escrita/ letra ilegível;
 Escrita desorganizada;

    Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves;
 Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial;
 O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras é irregular;
 Mix de traços diferentes, letras minúsculas, formas irregulares ou tamanhos e / ou
inclinação das letras;
 Palavras ou letras inconclusivas ou omitidas;
 Dificuldade em copiar letras, pré-visualização;
 Má distribuição de espaço no papel;
 Posição anormal do pulso, corpo ou papel;
 Aperto de lápis incomum.
O Disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas citadas acima. Outra dica fundamental é nunca comparar o aluno com ninguém.
destas
Compare apenas com ele mesmo, como quando não conseguia e agora conseguiu algo.

DICAS E ORIENTAÇÕES PARA PAIS E PROFESSORES

Para ajudar a desenvolver a habilidade do aluno e melhorar o desenvolvimento escolar é importante um bom trabalho de esquema corporal, onde se percebem as partes do corpo, braços para chegar até as mãos. Outra dica importante são atividades ligadas a atividades de fortalecimento das mãos e dos dedos. Podemos fazer isso utilizando massinha, por poder trabalhar com a mão inteira, sendo possível amassar o material com alguns dedos, fazer objetos e formas desenvolvendo habilidades do aluno. Pintura com tintas e outras atividades com giz de cera, pintura com guache utilizando os dedos, pincel e esponja também é interessante. Também se pode utilizar brinquedos de montar, como lego, quebra cabeças, encaixes, jogo dos sete erros, ligue os pontos, brincadeiras com bolhas de sabão, bolas onde a criança tem que acompanhar o movimento das coisas e pegar com a mão, pois atividades de percepção visual também devem ser feitas.
Outras dicas:
 Brincar com argila para fortalecer os músculos dos dedos;
 Manter linhas dentro de labirintos para desenvolver o controle motor;
 Ligar pontos ou traços para criar a forma das letras completas;
 Se necessário encurte as tarefas escritas;
 Ofereça prazo extra para atividades de escrita;
 Permita que o aluno grave lições importantes e/ ou faça exames orais;
 Reforce os aspectos positivos e os esforços do aluno.









DISORTOGRAFIA

O Transtorno Específico da Escrita (disortografia) é uma alteração na planificação da linguagem escrita, como redação, ortografia e gramática, porém essa alteração não interfere no aspecto cognitivo do educando, tem como característica a não fixação ou a dificuldades de memorizar regras ortográficas, também estão relacionados aos sintomas de substituição, inversões e omissão de palavras, alteração no segmento das palavras, apoio na oralidade e dificuldade na produção textual. Podemos dizer que a disortografia é uma dificuldade viso-perceptiva e também linguístico-perceptiva por haver uma desconexão perceptual no fonografêmico (codificação) que acaba convertendo tal palavra em uma escrita errônea segundo Fernandez 2010.
A disortografia classifica-se com ocorrências contínuas de erros ortográficos, erros com palavras como “b” e “p”, “v” e “f” ou vice versa. Então estima-se que o mau funcionamento do aparelho viso-perceptivo pode desencadear a disortografia, por estar diretamente interligada ao aparelho auditivo, que por sua vez favorece a neuro-cognição uma conversão de fonema-grafema.
No entanto, substituições de grafemas por dificuldades de natureza auditiva (e.: capelo/cabelo, guarta/guarda, amico/amigo, máxica/mágica, etc), não são esperados em nem um grau de escolaridade, pois já denotam um desvio no processo da escrita e devem ser encaminhados a um profissional para um encaminhamento adequado, como a um fonoaudiólogo, que poderá identificar com maior precisão o que está por trás desta dificuldade de leitura e escrita (perda auditiva leve, distúrbios da fala, desvios de atenção, alterações psicomotoras, imaturidade, etc).
Até o 2o, 3o ano é comum que as crianças façam confusões ortográficas porque a relação com sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo , porém após estas séries, se as trocas ortográficas persistirem repetidamente, é importante que o professor esteja atento já que pode se tratar de uma disortografia.

ALGUNS SINAIS/SINTOMAS CARACTERÍSTICOS DA DISORTOGRAFIA

    Constante trocas de grafemas: faca/vaca, chinelo/jinelo, porta/borta
 Confusão de sílabas: comeram/comerão
 Adições: televisão; Omissões: cadeira/cadera, prato/pato
 Fragmentações: em saiar, a noitecer
 Inversões: pipoca/picoca; Textos muito curtos
 Palavras com letras amontadas ou palavras ligas umas nas outras
 Frases desorganizadas
 Falta de ordenação da escrita pelo uso de parágrafos, travessões, pontuação e
acentuação
Outro fator intrínseco é a baixa consciência fonológica, que está diretamente ligada à
linguagem da escrita.

ESTRATÉGIAS PARA PAIS E PROFESSORES

 Utilizar material multissensorial para estimular seus sentidos, especialmente o tato e a audição
 O professor deve certificar-se de que compreende o que a criança precisa e ajustar o material ao estilo de aprendizagem dela;
 Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas;
 Construir palavras com letras, blocos ou peças de madeira;
 Dar um tempo mais abrangente para o aluno realizar as atividades, também
facilitará o aprendizado;
 Acreditar na capacidade que a criança tem de aprender;
 Estimular a memória visual da criança por meio de quadros com letras do alfabeto,
número, famílias silábicas;
 Utilizar exercícios de trava-língua, promovendo a consciência fonológica da
criança. Brincadeiras, jogos ou movimentos corporais com parlendas (a parlenda
melhora a memorização) e músicas;
 Realizar provas orais como recurso extra aos alunos que obtém a escrita
comprometida, ou auxiliar o aluno na leitura no momento da avaliação, para eu o
mesmo tenha um entendimento do conteúdo solicitado;
 Demarcar a palavra errada e pedir ao aluno que procure em um dicionário;
Corrigir periodicamente os cadernos para não haver fixação errônea.







ATIVIDADES COMPLEMENTARES - Nível III Ensino Fundamental II DISORTOGRAFIA – PARTE 3

Objetivo de aprendizagem: Compreensão da atividade, contextualização, desenvolver o reconhecimento de palavras a nível oral e escrito através da reconstrução.
1. Assista ao vídeo https://youtu.be/IFsFR9TzIks e reflita sobre ele.
2. Agora, leia atentamente o texto apresentado no vídeo, circulando as palavras erradas.
A História de um Lápis
O menino olhava a avó ecrevendo uma carta. A certa altura ,perjuntou :
- Você está escrevendo uma história que aconteceu co nosco? E por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, soriu, e comentou com o neto:
Estou escrevendo sobre você, é verdade. Emtretanto, mais importante que as palavras, é o lápis que estou uzando. Gostaria que você foce como ele quando crecesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não vil nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
- Tudo depende do modo que você olha as coisas. Há sinco qualidades nele que, se você
conseguir mantêlas será sempre uma pessoa em paz com o mudo.
“Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esqueser nunca que
eziste uma mão que guia os seus passos. Esta mão nós xamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em dirreção a sua vontade”.
“ Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo , e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, por que elas o faram a ser uma pessoa melhor.
“ Terceira qualidade: o lápis sempre permite que uzemos uma borracha para apagar a quilo que estava errado. Entenda que corigi uma coisa que fizemos não é necesariamentte algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justissa”.
“Quarta qualidade: o que reaumente importa no lápis não é a madeira ou a forma esterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de vosê”.
“Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deicha uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo o que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser conciente de cada ação”.






ATIVIDADES COMPLEMENTARES - Nível II Ensino Fundamental I TDAH– PARTE 3

Objetivo de aprendizagem: Estimular a soma de dados, a sequência numérica, a comparação de quantidades e o raciocínio lógico matemático.
 Jogos
- Aplicação: Combina-se antes de iniciar o número de rodadas. Cada um, na sua vez de jogar, joga os dados e efetua a soma marcando a quantidade obtida na sua folha. Ao final das rodadas, soma-se todas as quantidades obtidas e ganha aquele que obteve maior números de “patos”.
2. Número oculto
- Materiais: lápis e papel.
- Aplicação:Um jogador pensará em um número dentro do limite estabelecido pelo grupo (0 a 10 ou 10 a 20, ou 0 a 50, etc) anotando no papel sem deixar ninguém ver. Os outros participantes deverão um de cada vez, dizer números a serem comparados com o número oculto pensado pelo jogador. A criança que pensou no número deve dizer se os números ditos pelos outros jogadores são maiores ou menores que o número pensado por ele, até que alguém descubra o número oculto e ganhe o direito de pensar nele, iniciando uma nova rodada.
3. Tirando do prato
- Materiais: pratos de papelão ou isopor (um para cada criança), material de contagem (ex.: 20 para cada criança), dado.
- Aplicação: os jogadores começam com 20 objetos dentro do prato e revezam-se jogando o dado, retirando as peças, quantas indicadas pela quantidade que nele aparece. Vence quem esvaziar seu prato primeiro.
4. Sacola mágica:
- Materiais: uma sacola, um dado, materiais variados (em quantidade).
- Aplicação: uma criança joga o dado, lê o número e retira da sacola a quantidade de objetos correspondente à indicação do dado. Passa a vez a outro jogador, até que todos os objetos sejam retirados da sacola. Podemos comparar as quantidades no final (mais/menos, muitos/poucos). Você pode usar aqueles bichinhos de plástico (que vendem em sacos p/ brinde de aniversário), ou tampinhas de garrafa.
1. Quantos patos você tem?
- Materiais: 2 ou 3 dados, folha de papel e lápis


        

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